segunda-feira, junho 26, 2006


"Determinismo Genético"

Sempre que uma pessoa afirma, confiantemente,
"eu sou assim...", note que ela está simplesmente
procurando uma desculpa para um comportamento
que ela própria sabe não ser o melhor.

Quando faltam argumentos e uma razão real, objetiva e
emocionalmente integrada, alguns somente repetem
o velho e "seguro" chavão: "eu sou assim..."
e continuam a fazer as coisas da mesma forma.

Isso é chamado de “crença no determinismo genético”.
Quem diz isso abdica de qualquer responsabilidade sobre si
mesmo, jogando a "culpa" na genética ou nos deuses,
como se a própria pessoa não tivesse meios de
alterar sua vida.

Existe um meio melhor...

Quem diz “eu sou assim...”, faz de conta que não
está pensando, faz de conta que não possui
liberdade de escolha, faz de conta que há algo
programado dentro dela, e que não existem
meios de alterar essa programação.

A quase totalidade das pessoas que insistem em dizer
“eu sou assim...”, têm receio de mudar e são
complacentes com elas próprias, agindo como
uma avestruz, colocando a cabeça
em um buraco no chão...

Mas nós nunca "somos" coisa alguma.

Sempre estamos.
Estamos jovens,
estamos sadios,
estamos acordados,
estamos educados,
estamos esforçados,
estamos atentos,
estamos felizes e assim por diante.

O que "está" pode ser mudado,
mas o que "é" não pode.

Há uma enorme diferença entre "ser e estar".

Quando dizemos que estamos sem dinheiro,
estamos solitários,
estamos tristes,
estamos sem imaginação,
estamos com problemas...

deixamos claro para os outros (e para nós mesmos)
que esta é uma condição transitória e que estamos
trabalhando para mudar o quadro.

Dizer: "eu estou acima do peso"
é muito diferente de dizer "eu sou gordo".
Quando usamos o verbo "ser", definimos uma condição
de vida que independe de nossa vontade.

Sou do planeta Terra: é uma condição imutável.
Estou na França: é uma condição transitória.

Escute o que você diz para os outros e para sua
própria mente. Se você disser algo começando
com a frase "eu sou assim mesmo..."

verifique imediatamente se não está somente
tentando explicar o inexplicável para seu próprio coração.

Não tente se enganar, porque, no fundo,
você vai saber que é uma afirmação falsa.
Somente quem muda, sobrevive.

Como diz William Shakespeare:
"Ser ou Não Ser? Eis a questão"
Neste caso, é a sua questão, porque é a sua vida. Reflita!

William Shakespeare, dramaturgo (1564-1616)

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